Intervenções de educação ambiental e de conservação da sociobiodiversidade dos territórios mato-grossenses, desenvolvimento de aplicativos, produtos de inteligência artificial, tecnologias da informação, oficinas de foguetes, produção de material didáticos e objetos de aprendizagem nas diversas áreas do conhecimento, são algumas das ações de ensino, pesquisa, extensão e inovação tecnológica desenvolvidas pelo Instituto Federal de Mato Grosso, apresentadas no maior evento de científico do IFMT, o WorkIF 2023.
Realizado até esta sexta feira (28.11), no Centro de Eventos do Pantanal em Cuiabá, o WorkIF já reuniu mais de 7 mil participantes de todas as regiões de Mato Grosso, dos 19 campi da instituição e de comunidades externas.
O Campus Juína, localizado a Noroeste do Estado, a 730 Km de Cuiabá, apresentou em estande no evento, ações como o programa de recuperação de nascentes do córrego Passo Preto. Trabalho que envolve extensionistas e estudantes do campus, em uma série de atividades com as escolas do município, como produção de mudas, coletas de sementes e trabalhos sobre a qualidade da água.
Entre as ações desenvolvidas pelo IFMT, as pessoas visitantes no estande de Juína, conheceram uma chocadeira artesanal para incubação de ovos de aves e uma coleção zoológica didática - com insetos e répteis como serpentes, lagartos, jacarés, tartarugas, cobra- cegas.
Comunicação, tecnologias, arte e educação e conservação ambiental
Câmeras, microfones e sala virtual de transmissão chamou a atenção das e dos participantes do WorkIF, na frente do estande do Campus Pontes e Lacerda - Fronteira do Oeste. A equipe do campus, situado na região sudoeste, a cerca de 450 km de Cuiabá, trouxe a tecnologia utilizada na cobertura e transmissão dos Jogos do Instituto Federal, JIFMT 2023, para o WorkIF. A divulgação reforçou, no imaginário de mais de 1000 atletas estudantes de todos os campi do IFMT que participaram dos JIFMT, no último mês de agosto, as emoções e interações e memórias dos jogos.
Ainda sobre emoções e tecnologias, Pontes e Lacerda apresentou uma ferramenta para a captura das expressões faciais em resposta à estímulos emocionais. A ferramenta que recebeu o nome de ‘player afetivo’ foi desenvolvida por estudantes do ensino médio integrado em informática do campus.
Também no desenvolvimento de tecnologias, o campus socializou projeto de automação residencial usando Alexia. Docentes e estudantes deram enfoque para conservação, ecologia e educação ambiental em projeto desenvolvido com Morcegos, além do trabalho com arte e sociobidiversidade com mulheres quilombolas, no projeto de pesquisa e extensão Aquarela "natureza, tintas e encantos".
O Campus Barra do Garças, localizado a 515 Km de Cuiabá apresentou, entre os trabalhos desenvolvidos pela comunidade educacional, uma proposta de jogo eletrônico educativo sobre biologia. O jogo tem como personagem principal a Capivara e possibilita uma viagem com informações sobre animais ameaçados de extinção e elementos da cultura dos povos e comunidades dos seis biomas continentais do Brasil, saindo do sul, nos Pampas, até o Pantanal Mato-grossense.
O jogo idealizado por Lucas, Daniel e outros sete estudantes do curso técnico integrado ao ensino médio de Informática do IFMT Barra do Garças é desenvolvido com objetivo de ser instrumento que possa despertar estudantes da educação básica para a conservação da sociobidiversidade do Brasil.
No campo da tecnologia social, Barra do Garças socializou o Projeto Embalaqui com a apresentação de um aplicativo que liga pessoas que queiram doar produtos descartáveis e reutilizáveis como potes e roupas a pessoas que trabalham com reaproveitamento e produtos artesanais. O resultado são produtos com selo de certificação verde de reaproveitamento de resíduos sólidos.
O Campus Várzea Grande, apresentou pesquisa que possibilita alternativas para o reuso direto de água do ar condicionado, indicando inclusive, potabilidade comprovada em testes. A partir da pesquisa coordenada pela professora Sandra Maria de Lima, uma construtora da cidade já utiliza da tecnologia. O consumo da agua ainda depende de certificações técnicas que autorizem o uso da água do ar-condicionado para beber.
No campo do ensino de química, Várzea Grande, socializou para a comunidade experiências prático-pedagógicas no ensino de Química, como a utilização de essências de ambiente e sabonetes e o trabalho de ensino de química a partir da horticultura.
Entre as muitas iniciativas do IFMT, em um giro pelos estande dos campi, estudantes presentes no WorkIF refletiram sobre astronomia na oficina prática de produção de foguetes de papel. A oficina foi ofertada pelo Campus Alta Floresta, situado no extremo norte de Mato Grosso, a 830 Km da capital.
O trabalho é resultado de projeto de extensão, coordenado pelo professor de Física do campus, Marcelo Silva que difunde a Olimpíada Brasileira de Astronomia e Astronáutica entre estudantes da educação infantil, ensino fundamental e médio das escolas de Alta Floresta e região.